Kerry rebate acusações sobre isolamento dos EUA
Em discurso no Fórum Econômico Mundial, o secretário de Estado John Kerry negou que a resistência do governo Obama em usar o poder militar para resolver crises internacionais signifique isolamento do país. A declaração, no dia 24, foi uma resposta a críticas domésticas e externas. Em dezembro, o ex-chefe de inteligência e antigo embaixador saudita em Washington, príncipe Turki al-Faisal, acusou os EUA de se afastar do Oriente Médio. O saudita questionou a forma como os EUA organizaram as negociações sobre o programa nuclear iraniano e a decisão de não intervir na Síria. Reclamações semelhantes também partiram de políticos republicanos em Washington. O senador John McCain (R-AZ) considera o posicionamento dos EUA em relação à crise síria um erro do presidente Barack Obama. Para o senador, a inação gerou a percepção de que os países aliados na região não podem mais contar com os EUA. Segundo o senador Marco Rubio (R-FL), um dos possíveis candidatos republicanos às eleições presidenciais de 2016, o emprego de força militar é muitas vezes a melhor ou a única opção de engajamento. Rubio disse que o governo deveria deixar claro para países aliados e adversários que os EUA não hesitarão em agir militarmente para garantir seus interesses. Kerry alega que essa visão é baseada no falso pressuposto de ser o poderio bélico a única ferramenta de influência dos EUA. Para mostrar que seu país não adotou o isolacionismo, o secretário citou o envolvimento diplomático na questão iraniana, a busca de uma resolução pacífica o conflito sírio, e os esforços paz entre israelenses e palestinos.