O site WikiLeaks vazou, no dia 15, textos provisórios do capítulo sobre meio ambiente da Parceria Transpacífica (TPP, na sigla em inglês). A revelação de documentos sobre as negociações comerciais que envolvem os EUA e outros onze países do Pacífico reforçou as críticas de democratas. De acordo com o site, o material resulta de encontros realizados em novembro de 2013 na cidade de Salt Lake City. Um relatório sobre a questão ambiental preparado pelo Canadá, que preside o grupo de negociação sobre meio ambiente, também foi divulgado. Após o vazamento, congressistas democratas manifestaram insatisfação com o resultado das negociações, apontando preocupação com questões ambientais e trabalhistas. O conteúdo dos documentos indica que a TPP poderá ter padrões ambientais menos rígidos do que os existentes em outros acordos comerciais negociados pelos EUA. Segundo o relatório, disputas envolvendo questões ambientais seriam submetidas a um mecanismo de resolução independente, que não permitiria a imposição de retaliações comerciais, como previsto em outras áreas do acordo. O Escritório do Representante Comercial dos EUA declarou que o país está redobrando seus esforços em favor de regras ambientais fortes, incluindo sanções comerciais contra países que violem obrigações na área. Devido à oposição de outros membros, Washington não tem conseguido garantir demandas centrais sobre o tema no estágio final das negociações do acordo. Em novembro passado, o Wikileaks já havia divulgado o rascunho do capítulo de propriedade intelectual da TPP, o que reforçou a oposição de organizações da sociedade civil à iniciativa.