Ambientalistas cobraram do presidente Barack Obama uma mudança na estratégia de combate à mudança climática. Em carta enviada no dia 16, uma coalizão de 18 grupos afirmou que a atual política energética do presidente é incompatível com seu compromisso de reduzir as emissões de carbono do país. A iniciativa é liderada pela influente associação Sierra Club. Ao longo de sua gestão, Obama tem defendido uma política que inclua todas as fontes de energia, inclusive as tradicionais e mais poluentes. O presidente apoia o desenvolvimento de gás e petróleo, ressaltando a importância de o país alcançar independência energética. A coalizão argumenta que esse posicionamento compromete os esforços do presidente para reduzir as emissões de carbono, uma prioridade de seu segundo mandato. Para os ambientalistas, o impacto no nível de emissões deve ser um fator central no planejamento de políticas energéticas. A demanda indica fricção da administração com uma de suas principais bases de apoio político e chega em um momento difícil para o presidente. Em 2014, ano de reeleição de meio de mandato, o governo se prepara para decidir sobre assuntos polêmicos, como o projeto do oleoduto Keystone XL e as regras para o uso da fratura hidráulica em terras públicas. Essa técnica viabiliza a extração dos recursos de xisto que impulsionaram a produção doméstica de hidrocarbonetos. Dependendo da decisão sobre esses e outros temas, poderá ocorrer uma ruptura com os ambientalistas, o que prejudicaria o Partido Democrata nas próximas eleições. Os ambientalistas se opõem ao oleoduto e defendem regras rígidas de extração.