Entrada em vigor de acordo com Irã é desafio para Obama

O P5+1 e o Irã anunciaram que o acordo provisório sobre o programa nuclear iraniano entra em vigor no dia 20 de janeiro. A decisão foi confirmada no dia 12, após intensas discussões sobre detalhes práticos de um acerto assinado em novembro de 2013. Pelos próximos 6 meses, o Irã se compromete a não enriquecer urânio a mais de 5%, nível suficiente para produzir energia civil e abaixo do necessário para a fabricação de armas. O estoque de urânio enriquecido a mais de 20% será diluído ou transformado em óxido, impedindo sua utilização para fins bélicos. Inspetores estrangeiros terão acesso regular às usinas de Fordo e Arak. Em troca, aproximadamente US$ 7 bilhões em sanções serão suspensos. O objetivo dos negociadores é chegar a um termo definitivo até julho próximo, mas os arranjos ainda provocam críticas nos EUA, em países do Oriente Médio e entre conservadores iranianos. Congressistas em Washington, por exemplo, continuam desafiando a via diplomática. Autores de uma proposta de lei bipartidária que dificulta ainda mais as exportações iranianas de petróleo alegam ter o apoio de 59 democratas no Senado, número quase suficiente para contornar um eventual veto presidencial. Barack Obama já afirmou que vai vetar qualquer legislação que aplique mais sanções enquanto o Irã estiver colaborando. Essa seria a primeira vez em que o presidente usaria seu poder de veto desde que assumiu o cargo em 2008, o que o colocaria em uma situação difícil junto a Israel e ao lobby judaico. Obama, no entanto, não tem alternativa. Para o governo em Teerã, novas penalidades encerrariam o acordo atual e a continuidade do diálogo.

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