Energia e Meio Ambiente

EPA reduz pela primeira vez padrões para biocombustíveis

A Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês) apresentou a proposta dos padrões de biocombustíveis a serem misturados à gasolina e ao diesel em 2014. Conforme esperado, foram feitos cortes nas metas para todos os tipos de biocombustíveis. As exigências para o etanol, por exemplo, foram reduzidas em 16%, de 18,15 para 15,21 bilhões de galões. Segundo a EPA, a razão principal foi adequar o volume exigido anteriormente ao consumo de gasolina no país. Quando os padrões foram criados em 2007, esperava-se que a demanda por gasolina crescesse. Devido a fatores como o aumento na eficiência dos automóveis, o consumo do combustível não atendeu às expectativas. Diante desse quadro, as refinarias tinham duas opções para cumprir o mandato: aumentar o volume de biocombustível misturado à gasolina ou comprar créditos compensatórios. A primeira alternativa esbarra em recomendações técnicas das montadoras, enquanto a segunda representa custos adicionais. A saída encontrada pelo setor de refino foi pressionar a EPA a cancelar ou diminuir a exigência. Defensores dos biocombustíveis criticaram a decisão da agência e ameaçaram entrar com uma ação judicial. Opositores do mandato receberam bem a mudança, mas continuam pressionando por sua anulação total. Os críticos também argumentam que a produção de etanol de milho tem consequências ambientais. Além disso, o recente aumento da produção de petróleo nos EUA teria enfraquecido a importância dos biocombustíveis para reduzir a dependência de recursos externos. A proposta da EPA será submetida a 60 dias de comentários públicos, devendo ser finalizada no próximo ano.

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