Sistema russo de navegação por satélite gera crítica nos EUA

Congressistas pressionam o Departamento de Estado a não aprovar a proposta da Rússia para instalação nos EUA de estações do GLONASS, sistema de navegação por satélite russo. A mais recente oposição partiu, na semana passada, do representante Mike Rogers (R-AL), presidente do subcomitê de Serviços Armados. O republicano enviou uma carta aos secretários de Defesa e Estado, respectivamente Chuck Hagel e John Kerry, e para o diretor de Inteligência Nacional James Clapper. Rogers pediu a análise do impacto do plano para a segurança nacional. A preocupação é partilhada pelo Pentágono e pela CIA, que temem o uso das instalações para espionagem e propósitos militares. Em maio de 2012, a Rússia pediu permissão para construir as estações de monitoramento do GLONASS com o objetivo de aumentar a precisão e a propagação dos sinais. Para o Departamento de Estado, o pedido russo não representa ameaça e a sua aceitação pode ajudar na relação entre os dois países. As divergências entre os setores políticos, militares e de inteligência, no entanto, levaram ao adiamento da decisão até que a Rússia forneça maiores informações. De acordo com Yevgeniy Khorishko, embaixador russo em Washington, o objetivo é apenas tornar a Rússia menos dependente da tecnologia dos EUA, conhecida como GPS. O Kremlin pretende expandir a abrangência global do GLONASS, tendo posicionado estações no Brasil e iniciado negociações com Austrália, Espanha e Indonésia. A China também já desenvolveu um sistema próprio, conhecido como Compass ou Beidou-2, enquanto a União Europeia espera lançar o Galileo em 2014.

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