O Departamento do Comércio informou, no dia 7, que o PIB dos EUA cresceu a uma taxa anualizada de 2,8% no terceiro trimestre do ano. O número representa aumento em relação ao índice de 2,5% registrado no trimestre anterior. A taxa, que é a mais alta em um ano, superou as expectativas de economistas, que previram uma expansão de cerca de 2%. O resultado foi atribuído, sobretudo, à reposição dos estoques de empresas. Esse tipo de investimento foi responsável por 0,8% do crescimento do período, o dobro da participação registrada no trimestre passado. A tendência é vista com cautela por analistas, já que pode indicar que as companhias superestimaram o potencial de demanda do consumidor. O aumento dos gastos de governos estaduais e do setor de construção civil também contribuiu para a expansão. Apesar do resultado surpreendente, analistas ressaltaram fatores outros fatores negativos no desempenho da economia. O governo federal reduziu despesas, embora os cortes tenham sido menores do que o esperado, enquanto empresas diminuíram os investimentos em equipamentos. Já o crescimento no consumo das famílias, que representa 70% da atividade econômica do país, apresentou desaceleração. O índice caiu de 1,8% no semestre anterior para 1,5%. Para analistas, a incerteza quanto ao impasse político sobre o orçamento federal e o limite da dívida pública afetaram o investimento das empresas e o consumo das famílias. A estimativa é que o fechamento parcial do governo causado pela falta de acordo sobre essas questões, no mês passado, reduzirá o crescimento no último trimestre do ano em cerca de meio ponto percentual.