O Departamento de Defesa fechou um acordo com a Romênia, em meados de outubro, para a utilização de uma base aérea no Mar Negro. A instalação de Mihail Kogalniceanu funcionará como hub para retirada de tropas e equipamentos do Afeganistão. Embora não seja a logística ideal, pois exige que todo o transporte seja aéreo, a base romena é importante por ampliar as alternativas de saída dos soldados. O trajeto mais rápido e barato ainda é pelo porto de Carachi, no Paquistão. Mas relações turbulentas com Islamabad tornam essa rota pouco confiável. Como o Paquistão já interrompeu a passagem diversas vezes, os EUA precisam ter outras opções. Entre 2001 e 2005, foi usada uma base no Uzbequistão, mas desavenças com o governo uzbeque e pressão da Rússia levaram ao fim da permissão de uso. Outro ponto utilizado desde o início da Guerra do Afeganistão é a base de Manas, no Quirguistão. Também por influência do Kremlin e divergências financeiras com o Pentágono, o governo quirguiz decidiu não renovar a licença a partir de julho de 2014, quase 6 meses antes do fim das operações de combate no Afeganistão. Militares dos EUA disseram que apesar da base romena ser três vezes mais longe do que o Quirguistão, sua localização no Mar Negro é uma vantagem. Detalhes sobre o acordo não foram revelados, sendo provável que incluam pagamento de aluguel e estreitamento de laços de segurança. A Romênia é um dos maiores defensores da presença militar dos EUA no Leste Europeu. A cooperação militar, no entanto, deve provocar reação negativa da Rússia.