Casa Branca estuda reduzir exigência de etanol
A Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês) preparou cortes na regra de etanol para 2014. Segundo o jornal Financial Times, propostas de mudanças ainda não divulgadas foram enviadas para análise da Casa Branca no mês passado. Desde 2007, a EPA exige que um grande volume de biocombustíveis seja misturado anualmente à gasolina vendida no país. A previsão atual para mistura em 2014 é de 18,5 bilhões de galões, mas a meta teria sido reduzida para 15,21 bilhões, volume inferior aos de 2012 e 2013. Mas a mudança principal seria a redução inédita nas cotas mandatórias de absorção do etanol de milho produzido nos EUA. Cortes anteriores do mandato foram aplicados apenas a outros tipos de biocombustíveis, inclusive o importado do Brasil. A explicação da agência para as reduções sugeridas em setembro teria sido ajustar a norma a uma menor oferta doméstica de etanol de milho, argumento contestado pelos produtores. O real motivo seria a pressão do setor petrolífero, que alega ser impossível atingir as metas requeridas por lei. Como os automóveis estão mais eficientes, houve queda no consumo de gasolina. Para absorver o total obrigatório de biocombustível, o teor de mistura do produto por galão de combustível fóssil precisaria exceder os 10% normalmente usados. O problema é que as indústrias automotivas só recomendam um percentual superior, como o de 15%, para carros fabricados depois de 2001. Outra alternativa das refinarias para cumprir a exigência é compensar um eventual volume não misturado por compra de créditos compensatórios. Essa opção, no entanto, é vista pelo setor de refino como custosa.