Lideranças pedem solução de impasse sobre dívida

Lideranças internacionais alertaram, no dia 10, sobre os efeitos negativos do impasse político nos EUA em torno do limite da dívida pública. As declarações foram feitas durante os encontros anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial em Washington. Líderes das duas instituições enfatizaram a necessidade de se obter uma solução rápida para a questão. Um acordo para elevar o limite de endividamento do governo precisa ser obtido em Washington antes de 17 de outubro, quando o Departamento do Tesouro prevê que os EUA não terão mais recursos para arcar com todos seus gastos. A diretora do FMI, Christine Lagarde, disse não ter intenção de dizer ao país como solucionar diferenças políticas internas, mas chamou atenção sobre os riscos de um calote para a economia global. Já o presidente do Banco Mundial, Jim Kim, afirmou que mesmo uma decisão tardia elevaria o custo de empréstimos e prejudicaria países em desenvolvimento. O primeiro-ministro chinês Li Keqiang também expressou as preocupações de seu país, que é o maior detentor estrangeiro de títulos do governo dos EUA. Li já havia dito recentemente ao secretário de Estado dos EUA John Kerry que a China está atenta ao debate sobre o teto da dívida. Pequim teme que um default reduza o valor dos títulos do Tesouro e que uma desvalorização do dólar afete o restante de suas reservas internacionais. Cerca de 60% dos US$ 3,5 trilhões de reservas em moedas estrangeiras da China estão investidos em ativos em dólar. Para analistas, o impasse em Washington pode estimular a estratégia chinesa de reduzir a dependência mundial do dólar.

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