Obama suspende parcialmente ajuda militar ao Egito

O Departamento de Estado suspendeu, no dia 9, parte da ajuda militar anual ao Egito. Dos US$ 585 milhões ainda pendentes para 2013, US$ 260 milhões não serão transferidos. A Casa Branca também vai bloquear a entrega de tanques, helicópteros e caças, apesar de manter o envio de peças de reposição para as forças militares. Foram preservadas operações destinadas ao combate ao terrorismo, treinamento de militares e de manutenção da segurança na Península do Sinai, fronteira com Israel. Verbas para programas sociais e promoção à democracia também não serão cortadas. A decisão foi motivada pelos últimos episódios de violência no país árabe. No dia 6, o governo provisório egípcio reprimiu com brutalidade manifestações em todo o país, causando a morte de dezenas de pessoas. O Egito recebe assistência financeira e militar desde 1979, quando firmou um acordo de paz com Israel intermediado pelos EUA. A ajuda, atualmente da ordem de US$ 1,3 bilhão por ano, foi mantida na ditadura militar de Hosni Mubarak. Em 2012, no entanto, o Congresso dos EUA aprovou uma lei vinculando o pagamento à promoção da democracia no Egito. Na ocasião, o governo era chefiado pelo muçulmano Mohamed Morsi, primeiro presidente eleito democraticamente no país. Em junho deste ano, um golpe militar destitui Morsi, reprimiu violentamente protestos populares e reinstaurou a ditadura. O presidente Barack Obama não reconheceu a reviravolta política como um golpe de Estado, o que teria levado à interrupção imediata do auxílio militar. O objetivo era não colocar em risco acordo de paz de 1970 para evitar aumentar a instabilidade na região.

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