Líbia e Somália sofrem ação unilateral de contraterrorismo
Duas operações de contraterrorismo dos EUA na Líbia e na Somália, no dia 6, tiveram como objetivo capturar líderes das organizações Al Qaeda e Al Shabab. A operação dos Navy SEALS na Líbia resultou na prisão do líbio Abu Anas al-Liby, suposto membro da Al Qaeda e acusado pelos atentados de 1998 contra as embaixadas dos EUA em Dar-es-Salaam e Nairóbi. Já a tentativa de captura do queniano Mohamed Abdulkadir, líder do Al Shabad procurado por suposta participação no recente ataque ao centro comercial no Quênia, resultou em fracasso. O envio de forças especiais em missões em solo difere da preferência do presidente Barack Obama por usar aviões não tripulados contra suspeitos de terrorismo. Desde que assumiu o governo em 2009, Obama ampliou o uso no exterior de aviões não tripulados e dotados de armas letais. A tática é considerada mais eficiente por evitar a morte de militares dos EUA e eliminar os alvos com precisão. O uso dos chamados drones é criticado pela comunidade internacional e principalmente pelos países onde são realizadas as investidas. Além de levar à morte de suspeitos sem o devido julgamento, os aviões fazem um grande número de vítimas inocentes e ferem a soberania nacional dos países de destino. Mesmo sem o uso desse tipo de equipamento, a Líbia pediu explicações pelo sequestro de um de seus cidadãos, já que a operação sequer foi previamente comunicada às autoridades líbias. O secretário de Estado John Kerry comentou publicamente, no dia 7, que a ação foi em conformidade com as leis dos EUA. O suspeito está detido em um navio militar dos EUA estacionado no Mediterrâneo.