A Organização de Aviação Civil Internacional (ICAO, na sigla em inglês) chegou a um acordo para criar um sistema global de controle de emissões para aviões comerciais. A decisão foi tomada, no dia 4, em Montreal. O órgão vai trabalhar sobre a proposta, que deve ser apresentada até 2016 e entrar em vigor no início da próxima década. O desenvolvimento de um sistema global de regulação foi liderado pelos EUA a fim de derrubar normas estabelecidas pela União Europeia (UE). No início de 2012, a UE implementou uma lei que estabelece limites às emissões poluentes em voos que chegam e partem de aeroportos europeus. Por esse sistema, as companhias aéreas que ultrapassem o limite têm de compensar as emissões comprando créditos de carbono junto a governos europeus. A medida foi amplamente rejeitada fora do bloco europeu, principalmente pelos EUA. Em Washington, o Congresso chegou a aprovar uma lei que impede companhias do país de cumprir a lei europeia. Para ambientalistas, qualquer proposta da ICAO será menos benéfica para o meio ambiente do que o plano europeu. Os ativistas acreditam que o sistema global será caracterizado pela preocupação com a competição comercial e não com o aquecimento global. Com a decisão do organismo multilateral, a UE precisa decidir se leva adiante sua própria regulamentação ou se cancela o plano por inteiro. As normas europeias foram suspensas no fim de 2012, até que a ICAO deliberasse sobre a questão.