Comitê de Inteligência debate limites à vigilância da NSA

O Comitê de Inteligência do Senado iniciou audiências, no final de setembro, para debater limites à vigilância da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês). Parte dos senadores defende a manutenção dos programas, mas demanda transparência quanto aos procedimentos para gravações de telefonemas feitos por empresas e cidadãos dos EUA. A senadora e presidente do comitê, Dianne Feinstein (D-CA), e o senador Saxby Chambliss (R-GA) recomendam que os registros telefônicos sejam armazenados por dois anos apenas, contra o atual período de cinco anos. Outros senadores são muito críticos dos programas. Uma  proposta bipartidária, formulada pelos senadores Ron Wyden (D-OR), Rand Paul (R-KY), Richard Blumenthal (D-CT) e Mark Udall (D-CO), pede que as operadoras de telefonia deixam de repassar à NSA os registros de ligações de seus clientes. A proposição também recomenda que autorizações para coleta de dados, solicitadas pela NSA à corte especial de vigilância, sejam submetidas à avaliação prévia de um defensor público. O objetivo é evitar invasão à privacidade e violação da Constituição. Além de unir políticos de partidos opostos, as propostas apresentadas indicam alianças políticas ideologicamente curiosas, como a cooperação de Blumenthal e Paul. Enquanto o primeiro é um dos senadores mais progressistas, Paul é famoso por suas posições libertárias e de direita. Enfrentando cada vez mais dificuldade para explicar a controversa política de vigilância, a Casa Branca disse estar disposta a aceitar limites à atuação à NSA.

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