O representante comercial dos EUA, Michael Froman, negou que o país esteja apressando a conclusão das negociações da Parceria Transpacífica (TPP, na sigla em inglês). A declaração, feita no dia 26, responde à preocupação de associações empresariais e trabalhistas sobre a meta dos EUA em concluir o acordo comercial este ano. Os grupos temem que seus interesses sejam sacrificados em função do prazo, cujo cumprimento foi reiterado recentemente pelo próprio presidente Barack Obama. Na semana passada, nove organizações empresariais, incluindo a Câmara de Comércio, publicaram um anúncio em jornal pedindo que os negociadores do país reforcem os esforços para alcançar resultados ambiciosos. As empresas pressionam por uma TPP ampla que reduza tarifas e amplie o acesso de suas exportações aos mercados dos países participantes. O reforço de regras de proteção à propriedade intelectual e do comércio de serviços são outras objetivos. Os sindicatos defendem o fortalecimento de direitos trabalhistas em países membros, como o Vietnã, argumentando que a medida é necessária para equilibrar as condições de competição. Além disso, os dois grupos querem limitar a participação de governos no setor privado de países como Brunei e Malásia. Na semana passada, senadores enviaram uma carta à administração solicitando que a questão da manipulação cambial seja incluída nesse e em outros acordos. Para analistas, caso as negociações se estendam, a aprovação da TPP no Congresso seria dificultada pela proximidade com as eleições de 2014.