Senador Ted Cruz, na Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC) de 2013 em National Harbor, Maryland, em 16 mar. (Crédito: Gage Skidmore/Flickr)

Por Solange Reis [Informe OPEU] [Notícias]

Com uma oratória de obstrução de mais de 21 horas contra o Obamacare, no dia 25, o senador Ted Cruz (R-TX) parece ter firmado posição como a voz da ala mais radical do Partido Republicano. O gesto reforça seu nome como possível pré-candidato às primárias para a disputa presidencial em 2016, ao lado dos senadores Marco Rubio (R-FL) e Rand Paul (R-KY). Para o estrategista do partido, Ford O’Connell, o movimento de Cruz foi arriscado. A radicalização do discurso pode aumentar o carisma do senador junto às bases eleitorais e impulsionar sua influência nos estados de votação antecipada, como Iowa e Carolina do Sul. Em contrapartida, a crítica feita ao seu próprio partido irritou o alto escalão republicano. Segundo o senador John McCain (R-AZ), a atitude de Cruz, que insinuou que alguns setores republicanos estariam abandonando a ideologia conservadora, foi um “grande desserviço” ao debate político.

A retórica inflamada também pode afastar importantes doadores. O presidente da organização Americans for Tax Reform, Grover Norquist, acusou Cruz de dar falsas esperanças aos eleitores. Segundo ele, é ilusório acreditar que a ameaça de paralisia do governo enterrará o Obamacare. A implementação da reforma de saúde ainda divide a população. Na última pesquisa realizada por United Technologies/National Journal, 49% dos entrevistados afirmam que o Congresso deve manter o programa por causa da expansão de cobertura que ele oferece. Já 44% consideram que a lei de saúde deve ser rejeitada por ser muito onerosa. Pelo menos 77% dos republicanos são contra, enquanto 72% dos democratas mostram-se a favor.

[Postagem editada, com inclusão de imagem em 22 out. 2024]

Assine nossa Newsletter e receba o conteúdo do OPEU por e-mail.

Siga o OPEU no Instagram, Twitter, Linkedin e Facebook e acompanhe nossas postagens diárias.

Comente, compartilhe, envie sugestões, faça parte da nossa comunidade.

Somos um observatório de pesquisa sobre os EUA,

com conteúdo semanal e gratuito, sem fins lucrativos.