Brasil

Dilma discursa na ONU e acusa EUA de violar direitos humanos

A presidente Dilma Rousseff abriu a 68ª Assembleia Geral da ONU, no dia 24, denunciando a espionagem conduzida pela NSA. Em tom firme, Dilma acusou a agência de inteligência dos EUA de violar as leis internacionais ao coletar informações privadas de empresas, da própria presidência e de cidadãos brasileiros. A presidente afirmou que a ameaça de terrorismo internacional não justifica que o governo de um país espione outras nações, tomando o programa de vigilância dos EUA um desrespeito à soberania nacional. Ainda, a questão é considerada uma grave violação de direitos humanos e de liberdade civil. A líder brasileira apresentou uma proposta para combater esse tipo de espionagem e prevenir que o espaço cibernético seja usado como campo de guerra. A ideia é que um organismo multilateral regule o uso da Internet e garanta, entre outras coisas, a liberdade de expressão, a privacidade individual e os direitos humanos dos usuários. O presidente Barack Obama, que discursou logo após de Dilma, abordou o tema de modo breve e superficial. Obama disse apenas que a maneira como os EUA obtém dados de inteligência deve ser feita equilibrando a segurança de cidadãos e aliados com a privacidade das pessoas. A irritação do Brasil com a espionagem levou ao cancelamento da viagem de Dilma a Washington em outubro próximo. Os líderes dos dois países tampouco terão um encontro formal na ONU, ficando o problema para ser discutido entre o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, e o secretário de Estado John Kerry.

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