A petrolífera Chevron chegou a um acordo com o Ministério Público (MP) no Rio de Janeiro, no dia 13, sobre indenizações relativas aos vazamentos de petróleo na Bacia de Campos em 2011 e 2012. O acerto prevê o pagamento de R$ 95 milhões em medidas compensatórias para projetos ambientais e deve encerrar dois processos civis no total de R$ 40 bilhões que foram movidos pelo MP contra a empresa. Em novembro de 2011, um acidente em plataforma operada pela Chevron vazou cerca de 3,7 mil barris de petróleo no Campo de Frade. Em março do ano seguinte, ocorreu um problema similar em proporção bem menor. Segundo relatório do Ibama, os vazamentos foram de pequeno porte e não resultaram em danos ambientais expressivos. O primeiro, por exemplo, equivaleu a um milésimo da quantidade vazada pela BP no Golfo do México em 2010. Apesar disso, as negociações quanto aos danos constituem o maior processo judicial ambiental já ocorrido no Brasil. A preocupação com o acidente da BP, que foi o maior desastre ambiental na história dos EUA, e com os riscos da exploração das reservas do pré-sal podem ter levado a uma ação mais firme dos promotores públicos. A Chevron chegou a sofrer um processo criminal e ter sua produção interrompida, medidas que foram suspensas no início deste ano. Na época, a companhia pagou multas de R$25,6 milhões à Agência Nacional do Petróleo e de R$42,9 milhões ao Ibama.