Lawrence Summers retira candidatura ao Fed

O ex-secretário do Tesouro Lawrence Summers retirou, no dia 15, sua candidatura à presidência do Federal Reserve (Fed, na sigla em inglês). Summers, que foi assessor econômico de Barack Obama, era apontado como a provável escolha do presidente para o posto no Banco Central. O segundo mandato de Ben Bernanke à frente do Fed acaba em janeiro. Em carta a Obama, Summers argumentou que a eventual confirmação de sua nomeação seria um processo difícil que não serviria aos interesses do Fed, da administração ou da atual recuperação econômica do país. Há meses, as alas mais à esquerda do Partido Democrata e grupos feministas se opunham à indicação, mas a resistência ganhou força após o senador Jon Tester (D-MT) anunciar, no dia 13, que votaria contra a confirmação de Summers. Tester é o terceiro membro do Comitê Bancário do Senado, órgão que deve aprovar o indicado antes da votação de confirmação no plenário, a manifestar voto contrário. Segundo os opositores, Summers é um dos responsáveis pela desregulamentação do setor financeiro, reforma que teria levado à crise de 2008. O episódio reflete uma divisão dos democratas quanto à questão da regulação financeira. Críticas de membros do partido à espionagem da Agência Nacional de Segurança e à decisão de intervir na Síria também complicaram a escolha. Para analistas, a decisão poupou a administração Obama de um novo confronto no Congresso, onde já enfrenta as disputas sobre o orçamento e o teto da dívida pública. Com a desistência de Summers, a vice-presidente do Fed Janet Yellen e o ex-vice-presidente Donald Kohn passam a ser os principais nomes para a vaga.

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