Em discurso, Obama defende ação militar na Síria
O presidente Barack Obama fez discurso em cadeia nacional, no dia 10, defendendo uma ação militar na Síria. Obama afirmou que resistiu a pedidos de intervenção, mas que após o ataque com armas químicas nos subúrbios de Damasco, o cenário mudou. O governo de Bashar al-Assad teria violado normas internacionais. Se não houver punição, outros ditadores e grupos terroristas terão precedentes para utilizar armas químicas, colocando tropas dos EUA em perigo. Obama relacionou a violação a outras armas de destruição em massa, citando o programa nuclear iraniano. O presidente tentou amenizar receios da população, desvinculando a ação da intervenção no Iraque, ressaltando seu caráter limitado, e minimizando as possibilidades de retaliação de Assad. Obama também abordou a iniciativa diplomática da Rússia, veiculada nos últimos dias. A proposta colocaria os estoques de armas químicas da Síria sob controle internacional. A Síria declarou-se aberta a negociações, na tentativa de evitar um ataque. O secretário de Estado John Kerry se encontrará com sua contraparte russa nesta quinta-feira para discutir detalhes do plano. Apesar do ceticismo sobre a iniciativa, Obama pediu que o Congresso adiasse a votação da autorização militar. Em pesquisa da CNN/ORC após o discurso, 47% dos entrevistados afirmaram que Obama apresentou argumentos convincentes para uma ação militar, enquanto 50% discordaram do presidente. Os números representam melhora da aceitação do governo nas últimas semanas. Aproximadamente dois terços dos entrevistados também acreditam que a situação possa ser resolvida por esforços diplomáticos.