EUA se preparam para ataque à Síria
Na última semana, a Casa Branca tomou medidas de precaução para um possível ataque à Síria. No dia 6, o Departamento de Estado ordenou a evacuação do corpo diplomático da embaixada dos EUA no Líbano e de sua representação na cidade turca de Adana, próxima à fronteira síria. A medida foi tomada após a interceptação de comunicações do Irã para que militantes no Iraque atacassem embaixadas dos EUA no caso de uma eventual intervenção na Síria. No dia 4, o presidente Barack Obama ordenou ao Pentágono que ampliasse a lista de alvos militares da investida. O pedido veio após a indicação de que o governo de Bashar al-Assad estaria movendo tropas e equipamentos usados para proteger seus arsenais de armas químicas, enquanto o Congresso dos EUA delibera sobre a ação militar. A lista inicial continha aproximadamente 50 alvos. De acordo com militares, os ataques planejados seriam feitos às unidades militares de depósito e de preparação das armas químicas, aos quartéis generais e aos foguetes e artilharia utilizados nos ataques aos rebeldes. A princípio, o Pentágono planejou utilizar somente mísseis de cruzeiro a partir de navios no Mar Mediterrâneo, mas o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, general Martin Dempsey, afirmou que aviões dos EUA e da França também poderão ser utilizados. A aprovação da intervenção no Congresso ainda é incerta. O Comitê de Relações Exteriores do Senado aprovou um projeto que autoriza o uso limitado de força militar na Síria, mas restringiu a proposta original da Casa Branca com a inclusão de limites de duração e de tipos de ataque.