Militares preparam opções de intervenção na Síria
O secretário de Defesa dos EUA, Chuck Hagel, disse estar elaborando opções para uma eventual intervenção na Síria. A declaração foi feita no dia 23, após o aumento da pressão internacional. O regime sírio de Bashar al-Assad é suspeito de usar armas químicas contra civis na última semana, causando a morte de centenas de pessoas, principalmente crianças. O Departamento de Defesa preparou uma lista de possíveis alvos de ataques aéreos, incluindo instalações militares, centros de comunicações e a própria sede governamental. Hagel deixou subentendido que forças navais e outros ativos militares estariam sendo posicionados próximas à Síria para o caso de o presidente Barack Obama decidir pela ofensiva. Países aliados dos EUA, como França e Turquia, acreditam haver provas suficientes do uso de armas químicas. No ano passado, Obama afirmou que a adoção desse tipo de armamento seria considerada a gota d’água na tolerância dos EUA. Apesar das imagens de pessoas agonizando, possivelmente em decorrência da inalação de gás letal, a Casa Branca manteve uma retórica cautelosa. No mesmo dia 23, Obama declarou à CNN que não agirá antes que a ONU comprove a utilização de armas químicas. Mesmo assim, o presidente afirmou que uma intervenção dependeria de aprovação do Conselho de Segurança (CS), o que parece pouco provável devido à resistência russa. Somente no dia 26, enquanto inspetores da ONU averiguavam os locais supostamente atacados na Síria, o secretário de Estado John Kerry endureceu o tom. Kerry disse que as evidências são incontestáveis e culpou o governo sírio pelo que considera uma “obscenidade moral”.