Obama propõe mudanças no ensino superior
O presidente Barack Obama anunciou, no dia 22, a criação de um ranking das instituições de ensino superior do país. No ano letivo de 2015, o Departamento de Educação começará a avaliar a performance dos colleges, com base no valor médio do curso (a chamada tuition), na cota de alunos de baixa renda matriculados, na relação custos/resultados obtidos, entre outros critérios. Obama também espera obter aprovação do Congresso para repassar mais ajuda federal para as instituições mais bem colocadas no ranking. Além disso, os estudantes desses colleges poderiam ter acesso a empréstimos federais com taxas reduzidas. O objetivo é tornar o ensino superior mais acessível às famílias de classe média. De acordo com The Washington Post, os gastos com uma escola de elite nos EUA passam de US$ 50 mil por ano. O presidente do Comitê de Educação e Força de Trabalho da Câmara, John Kline (R-MN), criticou o plano de Obama, alegando que um sistema de ranking arbitrário restringirá a inovação e levará a um controle de preços por parte do governo. Para a presidente do Conselho Americano de Educação, Molly Broad, bolsistas podem ser prejudicados caso sua escola receba uma avaliação ruim. Hoje, quase toda a ajuda federal anual de US$ 150 bilhões é distribuída com base no número de alunos matriculados, independentemente de quantos se formam. Com um poderoso lobby em Washington, o setor argumenta que nenhum sistema poderá avaliar e comparar de forma eficiente instituições tão distintas como escolas públicas e universidades Ivy League. Em geral, um estudante termina a graduação nos EUA com uma dívida de pelo menos US$ 26 mil.