Obama pressiona reguladores para concluir lei Dodd-Frank
O presidente Barack Obama se reuniu, no dia 19, com o alto escalão de regulação financeira dos EUA. Obama pressionou os participantes a agilizar a implantação total da reforma de Wall Street. Estiveram na reunião o presidente do Fed, Ben Bernanke; os diretores da Securities and Exchange Commission e da Commodity Futures Trading Commission, assim como o secretário do Tesouro, Jack Lew. Discordâncias entre as agências do governo e os lobbies dos grandes bancos têm atrasado a regulamentação e a execução do chamado Ato Dodd-Frank. Há muitas partes cruciais pendentes e os avanços foram tímidos. Em julho, por exemplo, o Senado confirmou Richard Cordray como diretor do Escritório de Proteção Financeira do Consumidor, cargo criado pela lei. No mesmo mês, o Fed determinou o capital mínimo que os bancos precisam manter para reduzir a ameaça ao sistema financeiro. A lei, no entanto, gera controvérsias. O presidente do Comitê de Serviços Financeiros da Câmara, Jeb Hensarling (R-TX), considera o texto complexo e prejudicial à economia, enquanto o representante Tom Price (R-GA) reclama da opressão reguladora. Em meio às críticas, a Casa Branca defende que é urgente concluir a reforma para fortalecer o sistema. Em 2008, o colapso do banco de investimentos Lehman Brothers e da seguradora AIG deflagrou uma grave crise na economia, que minou a credibilidade das instituições dos EUA. De autoria do então representante Barney Frank (D-MA) e do senador Christopher Dodd (D-CT), a lei de 2010 é considerada a reforma mais significativa do setor financeiro nos EUA desde a Grande Depressão em 1930.