Governo bloqueia fusão entre American Airlines e US Airways
O Departamento de Justiça (DOJ, na sigla em inglês) entrou, no dia 13, com uma ação judicial para bloquear a fusão das empresas US Airways e American Airlines. O requerimento foi acompanhado por seis estados e pelo Distrito de Columbia. Segundo a divisão antitruste do DOJ, a transação reduziria a concorrência no setor aéreo, elevando o risco de aumento das tarifas e de redução de serviços para o consumidor. Avaliada em US$ 11 bilhões, a operação criaria a maior companhia aérea do mundo. Como resultado da fusão, apenas quatro empresas controlariam cerca de 80% dos voos comerciais dos EUA. Nos últimos anos, o setor de aviação do país passou por uma onda de fusões e aquisições. Desde 2008, o Departamento tem aprovado uniões como a da Delta Airlines com a Northwest, e da United Airlines com a Continental. A operação atual era vista como a última fase da consolidação do mercado que permitiu às empresas voltarem a ter lucros após anos de perdas. Segundo o Departamento, embora tenham auxiliado na retomada da estabilidade e da lucratividade do setor, as fusões geraram aumento de preço. Para analistas, a decisão indica uma postura mais agressiva da divisão antitruste do DOJ, que começa a avaliar com mais rigidez as propostas de fusão à medida que a economia se recupera. Em comunicado conjunto, as companhias afirmaram que vão preparar uma forte defesa e que consideram equivocada a avaliação do órgão. A transação é peça central no plano da American Airlines para sair de um processo de recuperação judicial. Em 2011, a empresa fez um pedido de proteção contra falência devido à dificuldades financeiras.