A Casa Branca cancelou, no dia 7, a cúpula prevista entre Barack Obama e o presidente russo, Vladimir Putin. O encontro bilateral aconteceria em setembro, em Moscou. A decisão foi tomada em represália à concessão de asilo temporário ao ex-analista de inteligência Edward Snowden por parte do governo russo. Em entrevista ao Tonight Show, na véspera, Obama criticou Putin por retroceder à “mentalidade de Guerra Fria”. De acordo com o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, a postura decepcionante da Rússia no caso Snowden mostra que ainda não houve progresso suficiente na agenda bilateral. Entre as áreas que não tiveram avanço nos últimos 12 meses, Carney mencionou controle de armas e defesa de mísseis, comércio, questões de segurança global e direitos humanos. O assessor de segurança nacional, Ben Rhodes, disse que a decisão de cancelar o encontro foi unânime na equipe de segurança. O presidente Obama ainda pretende participar da Cúpula do G-20, em São Petersburgo, em 5 e 6 de setembro. Uma recente pesquisa Washington Post-ABC News mostrou que 56% dos entrevistados eram contra o cancelamento total da ida de Obama se a Rússia concedesse asilo a Snowden. O assessor de política externa do Kremlin, Yury Ushakov, manifestou o desapontamento da Rússia e declarou que os EUA não estão preparados para estabelecer relações em pé de igualdade com Moscou. Apesar do mal-estar diplomático, os EUA confirmaram a reunião dos secretários da Defesa, Chuck Hagel, e de Estado, John Kerry, com o ministro russo das Relações Exteriores, Sergey Lavrov, e o da Defesa, Sergei Shoigu. O encontro acontece nesta sexta, dia 9, em Washington.