Energia e Meio Ambiente

Lucro das petrolíferas não reflete boom de xisto

A Energy Information Administration (EIA) revelou, no dia 1, que as reservas de petróleo nos EUA cresceram 15% em 2011. O aumento de 3,8 bilhões de barris foi o maior desde 1977, quando a agência começou a publicar suas medições. De acordo com os dados, as reservas recuperáveis de petróleo chegam a 29 bilhões de barris, o nível mais alto desde 1985. As reservas de gás natural cresceram quase 10% em 2011, alcançando 348,8 trilhões de pés cúbicos. Os resultados se devem à exploração de formações de xisto. Entretanto, os números positivos não se refletem nos lucros esperados pelas petrolíferas. No mesmo dia em que o relatório da EIA foi divulgado, a Shell diminuiu o valor de suas reservas de xisto em U$ 2,07 bilhões. Em 2013, outras empresas do segmento sofreram queda de lucratividade e perda do valor de ações na bolsa. Segundo analistas, as companhias têm encontrado dificuldade em obter lucros com a exploração de gás e petróleo de xisto. O boom desses recursos não convencionais nos EUA foi desencadeado por operadoras independentes, que aproveitaram os altos retornos financeiros no início das atividades. Já as grandes petrolíferas são retardatárias nesse tipo de extração, ficando com campos mais custosos e menos produtivos. Outro problema é a queda acentuada no preço do gás devido ao aumento da produção doméstica nos últimos anos. Segundo um executivo da Shell, a empresa mudou o foco de gás de xisto para petróleo de xisto. A estratégia, implementada em janeiro, não deu resultado até agora. Apesar de ter maior valor de mercado do que o gás, o petróleo de xisto é menos abundante.

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