Energia e Meio Ambiente

Presidente vincula aprovação de oleoduto à questão climática

O presidente Barack Obama condicionou a aprovação do projeto Keystone XL à certeza de que o oleoduto não aumentará as emissões de carbono nos EUA. A exigência foi anunciada no discurso sobre política ambiental, feito na Universidade de Georgetown, no dia 26. Keystone XL é o trecho final de um oleoduto que liga reservas de petróleo de areias betuminosas no Canadá a refinarias no Texas. Por ser uma construção transnacional, ela depende de autorização do Departamento de Estado. Dois trechos do projeto original já foram construídos e um terceiro está em andamento. A última fase tem oposto ambientalistas a sindicatos, setor petrolífero e membros do Partido Republicano. Os ambientalistas acreditam que o petróleo em questão tem mais chance de corroer o duto, e contaminar o solo e o subsolo. Por conter menos hidrogênio e mais enxofre, ele emite até 20% mais gases poluentes do que o tipo tradicional. Os defensores da obra afirmam que o plano reduz a dependência dos EUA de produtores em outros continentes e gera empregos no país. A TransCanada, responsável pelo projeto, disse que já atende aos critérios de controle de poluição. Analistas interpretaram o anúncio de Obama de maneiras opostas. Alguns o veem como um sinal verde para o Keystone XL. Em março, o Departamento de Estado emitiu um relatório atestando que o oleoduto teria pouco impacto na emissão de gases de efeito estufa. Outros acham que a condição pode inviabilizar a obra definitivamente. Para Joe Oliver, ministro canadense de Recursos Naturais, “quem olhar para os fatos e a ciência saberá que a obra será aprovada”.

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