Google invoca 1a. Emenda em pedidos na Corte de Vigilância
O Google entrou com um pedido na Corte para Vigilância de Inteligência Estrangeira, no dia 18, para poder divulgar informações sobre os dados que a empresa é obrigada a dar à Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês). O objetivo é mostrar o número de pedidos de acesso a dados aprovados pela Corte em nome das agências de inteligência e a quantidade de usuários afetados. Essas ordens judiciais são consideradas confidenciais pelo governo, que proíbe as empresas de quantificá-las publicamente. O Google citou a Primeira Emenda da Constituição dos EUA, invocando a liberdade de expressão como um direito constitucional que lhe permitiria revelar o montante de dados fornecidos. Como outras empresas do setor, o Google tenta restabelecer a credibilidade diante de seus usuários após o vazamento da existência do programa Prism, no dia 6. Essa plataforma permite à NSA acessar detalhes da navegação de usuários de algumas empresas de Internet. Desde que o escândalo surgiu, as companhias pressionam o governo pelo direito de expor a quantidade e a natureza das ordens recebidas pela Corte. Nos últimos dias, Facebook, Microsoft e Yahoo aceitaram a proposta federal para divulgar os pedidos da Corte junto com solicitações cotidianas feitas por outras autoridades federais, estatais e municipais. Para o Google, essa solução não contribui para a transparência da questão, uma vez que o usuário não poderá distinguir pedidos de rotina criminal daqueles que têm origem na vigilância secreta do governo.O Twitter, que é conhecido por resistir a esse tipo de ação governamental, apoiou o Google.