Obama autoriza envio de armas para oposição síria

O presidente Barack Obama autorizou o envio de armamentos para a oposição síria, no dia 13, pela primeira vez desde o início do conflito há dois anos. A Casa Branca considera agora que existem fortes evidências de que o governo Bashar al-Assad usou armas químicas contra os opositores. Em diversas ocasiões, Obama declarou que a utilização desses armamentos levaria a alguma forma de intervenção dos EUA. O vice-assessor de Segurança Nacional para Comunicações Estratégicas, Ben Rhodes, anunciou que haverá mudanças na natureza e na escala do tipo de ajuda fornecida, mas rejeitou uma zona de exclusão aérea. Não foi especificado o tipo de armamento a ser enviado, nem o prazo para que chegue às mãos dos adversários de Al-Assad. O presidente Obama continua pouco receptivo ao envio de tropas. Oficialmente, os EUA vinham colaborando apenas com assistência não letal e ajuda humanitária. O senador Chris Murphy (D-CT), membro do Comitê de Relações Exteriores do Senado, considera arriscado enviar armas para uma zona de guerra, onde membros do Hezbollah apóiam o governo e extremistas da rede Al-Qaeda colaboram com os rebeldes. Em abril, os EUA haviam declarado ter indícios do uso de gás sarin na Síria, mas optaram pela cautela para evitar o erro de avaliação cometido no Iraque. A mudança de discurso de Obama é atribuída a evidências supostamente encontradas por França e Grã-Bretanha sobre a utilização de armas químicas pelas forças de Al-Assad. No encontro do G-8, nesta semana, Obama discutirá o assunto com o presidente russo, Vladimir Putin, um dos apoiadores do regime Al-Assad.

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