Fechamento de usina nuclear acentua queda do setor nos EUA
A companhia Edison anunciou, no dia 7, o fechamento de uma das maiores usinas nucleares nos EUA. Localizada perto de San Diego, a usina San Onofre estava temporariamente inativa desde o início de 2012, quando um vazamento radioativo levou à desativação de reatores. A decisão de encerrar definitivamente as atividades foi atribuída pela diretoria aos altos custos de reparos e à incerteza sobre a renovação da licença de operação. A licença vigente expiraria em 2022, mas o governo está reticente em conceder novas permissões. Dúvidas sobre segurança, principalmente depois do acidente na usina japonesa de Fukushima, em 2011, e a falta de um depósito permanente para o lixo tóxico são alguns dos fatores desfavoráveis. Desde o acidente em Three Miles Island, em 1979, nenhuma usina nuclear foi construída no país. Dos cerca de 100 reatores existentes, 73 têm mais de 40 anos e caminham para o fim da vida útil, que gira em torno de 6 ou 7 décadas. San Onofre é a terceira unidade nuclear a fechar neste ano. O encolhimento do segmento se deve à perda de rentabilidade, em função da concorrência das termoelétricas, favorecidas por abundância e baixo preço do gás de xisto. Defensores do setor alertam que a situação vai prejudicar o fornecimento de eletricidade e o meio ambiente, alegando que as usinas nucleares são as únicas geradoras de energia em larga escala que não emitem gás carbônico. San Onofre respondia por cerca de 17% da energia elétrica consumida no sul da Califórnia, enquanto todo o setor nuclear gera um quinto da eletricidade nos EUA.