Brasil

Setor de algodão fecha acordo sobre disputa Brasil-EUA

A National Cotton Association (NCC, na sigla em inglês) confirmou, no dia 5, que entrou em acordo com a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (ABRAPA) sobre o contencioso envolvendo subsídios agrícolas. O entendimento entre as representantes dos setores algodoeiros dos dois países baseou-se em concessões feitas pela NCC. A associação aceitou eliminar um dispositivo de preço mínimo do algodão que seria usado em um programa de seguros para produtores. O valor é referência para o pagamento de prêmios em caso de queda prolongada no preço da commodity. Outra mudança seria a redução de 47 para 45 centavos de dólar pagos por libra de algodão em um programa de empréstimo para produtores. As alterações já estariam refletidas nas versões da Farm Bill que estão sendo debatidas no Congresso dos EUA. A iniciativa ainda precisa da aprovação dos dois governos, mas a aceitação é incerta, principalmente com relação a Brasília. Em 2005, a OMC emitiu decisão favorável ao Brasil e concluiu que os subsídios concedidos aos produtores de algodão dos EUA, assim como um dos programa de crédito à exportação do país, eram incompatíveis com as regras da organização. Em 2009, após o fim do prazo para que Washington fizesse ajustes a seus programas, o governo brasileiro foi autorizado a retaliar. No ano seguinte, os países evitaram a aplicação de sanções e chegaram a um acordo provisório que deveria ser mantido até a aprovação de uma nova Farm Bill. Como parte da negociação, os EUA pagam US$ 147 milhões anualmente ao Instituto Brasileiro do Algodão.

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