O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China disse, no dia 31, que seu país tem uma atitude aberta em relação à Parceria Transpacífica (TPP, na sigla em inglês) e a outras iniciativas que promovam integração econômica e prosperidade na região da Ásia-Pacífico. Na semana anterior, um porta-voz do Ministério do Comércio já havia dito que a China avaliaria os prós e contras de participar das conversas. As declarações sugerem uma mudança na postura de Pequim quanto ao acordo comercial, que era visto no país como uma tentativa dos EUA de conter sua influência regional. Os comentários foram feitos após os participantes da TPP aprovarem, em abril, o ingresso do Japão nas negociações. Um indício da mudança é o fato de que a China iniciou, em maio, conversas sobre um outro acordo comercial com 15 países da região Ásia-Pacífico, incluindo membros da parceria. A alteração de tom, entretanto, pode representar apenas um gesto diplomático de abertura, expresso pouco antes do encontro entre o presidente chinês Xi Jinping e Barack Obama, no dia 7. Analistas consideram pouco provável que a China possa ingressar nas negociações antes que o acordo seja concluído. Os países participantes querem encerrar as conversas ainda este ano, apesar de observadores acreditarem que elas se estenderão até 2014. A agenda de negociação da TPP inclui temas sensíveis para a China, como abertura de mercados e limitação do auxílio a empresas estatais. Dadas as dificuldades, especialistas afirmam que as declarações são simbólicas e fazem parte de um esforço das novas lideranças chinesas para melhorar a relação com Washington.