EUA criticam negociações para ministerial da OMC

Segundo o representante comercial adjunto dos EUA, Michael Punke, houve pouco progresso até o momento nas negociações preparatórias para a reunião ministerial da OMC em Bali. O encontro, que será realizado em dezembro, é uma tentativa de retomar as negociações da Rodada Doha, paralisada desde 2008. O discurso de Punke, no dia 29, ocorreu durante uma reunião da OCDE em Paris. O representante disse que a negociação de um pacote de concessões para a reunião ministerial de Bali só terá sucesso se alguns participantes abandonarem a postura de condicionar avanços em facilitação de comércio ao atendimento de demandas em temas agrícolas. De acordo com Punke, os EUA apoiam o debate sobre agricultura, mas acreditam que as propostas para o setor deveriam ser mais moderadas para o atual estado das negociações. Apesar de não ter sido citada nominalmente, a Índia é a principal força por trás de questões controversas, como a inclusão de medidas sobre segurança alimentar. Junto com o chamado G-33, formado por países em desenvolvimento, a Índia apresentou uma proposta que permite aos governos armazenar alimentos comprados de produtores domésticos de baixa renda a preços superiores aos de mercado. Para Punke, a proposta é completamente inviável, assim como outro documento apresentado pelo G-20. O grupo, que une membros com interesses na negociação agrícola, quer que os países desenvolvidos cortem pela metade seus subsídios à exportação e eliminem aqueles aplicados ao algodão até o fim do ano. EUA e UE se opõem à proposta. O representante afirmou que, caso Bali fracasse, os países continuarão a negociar acordos bilaterais e regionais a despeito da OMC.

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