Congressistas defendem cortes em represália ao Egito

Congressistas republicanos pediram, no dia 4, a revisão da ajuda externa ao Egito depois que 16 cidadãos dos EUA foram condenados a até cinco anos de prisão no país. Entre os penitenciados, está o filho do secretário de Transportes Ray LaHood. De acordo com a sentença, eles e outros 27 funcionários estrangeiros de ONGs tentaram desestabilizar o governo egípcio. Os senadores John McCain (R-AR), Lindsey Graham (R-SC) e Kelly Ayotte (R-NH) defendem ampla revisão da ajuda militar anual de US$ 1,3 bilhão. Pedem também que o presidente Barack Obama condene publicamente a decisão egípcia. O senador Bob Casey (D-PA) alertou para o impacto negativo na relação bilateral, caso o presidente Mohammad Mursi não interceda contra a sentença. O secretário de Estado John Kerry manifestou preocupação com o que considera um julgamento por motivações políticas, considerando a atitude incompatível com a transição para a democracia. Os réus foram acusados de receber verba ilegal do exterior e de operar organizações sem licença. Quinze cidadãos foram julgados à revelia, pois haviam retornado aos EUA logo após o anúncio das acusações, em 2012. A Justiça egípcia também determinou o fim das atividades do International Republican Institute, do National Democratic Institute (NDI) e da Freedom House, assim como o confisco de seus bens. Os dois primeiros haviam sido autorizados pelo governo egípcio a monitorar as eleições parlamentares, em janeiro de 2012. O NDI lamentou os efeitos do processo para a sociedade civil egípcia e garantiu que recorrerá da decisão. O presidente Mursi não se pronunciou sobre o assunto.

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