CEO da Apple defende-se de acusações sobre evasão fiscal
O CEO da Apple, Tim Cook, defendeu-se de acusações sobre evasão fiscal durante depoimento ao Subcomitê Permanente de Investigações do Senado, no dia 21. A audiência pública havia sido marcada para tratar das práticas de empresas que transferem lucros a outros países para evitar impostos nos EUA. Antes de Cook testemunhar, congressistas divulgaram um relatório estimando que a Apple deixou de pagar US$ 44 bilhões em impostos ao direcionar seus lucros para fora do país, utilizando uma série de brechas fiscais. Além disso, o relatório também divulgou que a maior companhia subsidiária da Apple fora do país, a Apple Operations International, não apresentou declaração de impostos nos últimos 5 anos. De acordo com seus próprios dados, a empresa possui US$ 145 bilhões disponíveis em caixa, dos quais US$ 100 bilhões estão em bancos estrangeiros. Caso o montante retornasse ao país, 35% do total seriam destinados a pagar impostos corporativos. Em seu depoimento, Cook se defendeu das acusações alegando que a Apple pagou cerca de US$ 6 bilhões ao Tesouro em 2012 e que essa quantidade deve aumentar esse ano. O CEO também afirmou que a empresa ajuda a criar centenas de empregos no país e que paga uma alta carga tributária. Ainda, Cook argumentou que o sistema fiscal dos EUA é defeituoso e pouco atrativo em relação a outros países. Embora os líderes do Subcomitê tenham criticado publicamente as práticas utilizadas por empresas de tecnologia, não encontraram evidências de que a Apple tenha agido ilegalmente.