Obama apresenta regras para ataques com drones
O presidente Barack Obama apresentou, no dia 23, novas regras para ataques com aviões não tripulados. Obama defendeu a legalidade dos drones, mas ditou regras que limitam a sua aplicação. Os novos critérios fazem parte da Presidencial Policy Guidance, assinada no dia anterior, sendo uma tentativa do governo de tornar menos sigilosas essas operações. Segundo o presidente, a guerra contra o terror é justa, mas a sua condução deve ser de acordo com princípios éticos e morais. As missões com drones serão usadas no teatro de guerra do Afeganistão somente até 2014. O alvo são lideranças da al-Qaeda ou grupos que ameaçam as forças ocidentais. Fora do Afeganistão, os drones serão utilizados contra membros da al Qaeda e de organizações associadas, mas apenas quando esgotadas as tentativas de capturá-los vivos. As operações vão ser conduzidas com o máximo de segurança para evitar baixas entre civis. Mesmo alegando haver divergência entre o número de vítimas atestado por organizações não governamentais e pelo governo dos EUA, o presidente reconheceu que os ataques matam muitos inocentes. Outro ponto é a necessidade de se obter a permissão dos governos onde as ações serão realizadas. O anúncio foi em resposta a questionamentos domésticos sobre abuso de poder e falta de transparência no uso das aeronaves. Obama admitiu, pela primeira vez, que quatro cidadãos dos EUA foram mortos por drones no exterior. Embora considere inconstitucional a morte sem julgamento de um cidadão, o presidente justificou a decisão de mandar eliminar o clérigo Anwar al-Awlaki, em abril de 2011 no Iêmen, com um ato de defesa nacional. Segundo ele, a cidadania de al-Awlaki não pode servir como um escudo para atos de terrorismo.