A reforma da saúde aprovada em 2010, conhecida como Obamacare, tem enfrentado dificuldades de implementação. No dia 21, o senador Dean Heller (R-NV) apresentou uma proposta que impede o Internal Revenue Service (IRS) de receber fundos relacionados à lei. O órgão é responsável pelo funcionamento de partes importantes do Obamacare, como o mandato individual, que obriga todos os indivíduos a adquirir seguro de saúde. O IRS também administrará a distribuição de créditos tributários e o gerenciamento de novos fluxos de receita criados para financiar a lei. Heller argumenta que, em face aos recentes escândalos, o IRS não teria credibilidade para conduzir a implementação da reforma da saúde. O senador já havia apresentado a medida em ocasiões anteriores e aproveitou a apreciação da Farm Bill no Senado para incluir sua proposta de emenda. A Obamacare também encontra dificuldades junto a grupos trabalhistas, tradicionalmente aliados dos democratas. Joe Hansen, presidente da United Food and Commercial Workers International Union, que possui de 1,3 milhões de membros, afirmou que está preocupado em como a reforma irá afetar os planos de saúde de seus funcionários. Análises do governo indicam que a lei não fornece isenções fiscais a cerca de 20 milhões de pessoas cobertas pelos planos de uniões trabalhistas. Líderes sindicais afirmam que a interpretação da lei pode forçar membros a mudarem para planos mais caros. Lideranças do partido democrata compartilham as críticas. Max Baucus, líder do Comitê de Finanças do Senado, afirmou que a implementação da lei poderá ser um desastre se não for feita da maneira correta.