Senado investiga perseguição do IRS a grupos conservadores
Líderes do Comitê de Finanças do Senado pressionam o Internal Revenue Service (IRS) pela divulgação de maiores detalhes sobre as investigações de grupos conservadores ligados ao movimento Tea Party. No dia 20, os senadores Max Baucus (D-MO) e Orrin Hatch (R-UT) enviaram uma carta ao ex-diretor do IRS, Steven Miller, com 41 perguntas sobre os critérios utilizados para a seleção dos grupos investigados. O documento também pede a liberação de documentos relacionados à comunicação entre funcionários do IRS e da Casa Branca. Republicanos querem investigar a participação do presidente no caso. Obama declarou que ficou sabendo do escândalo pela imprensa, mas as informações do governo têm sido contraditórias. A princípio, declarações davam conta que ninguém na Casa Branca sabia do ocorrido. Após várias correções, ficou confirmado que alguns funcionários, incluindo o chefe de gabinete Denis McDonough, sabiam do problema há um mês. O Senado marcou uma audiência pública sobre o assunto no dia 21. Além de Miller, que foi afastado após o escândalo, também irá depor Doug Shulman, seu antecessor na direção da agência. Em março de 2012, Shulman disse em um depoimento ao Congresso que a agência não fazia discriminação de investigações sobre grupos conservadores. Segundo relatório da inspetoria do órgão, ele foi informado do programa em maio daquele ano e nunca divulgou a informação até deixar o cargo em novembro. Após assumir o comando do IRS, Miller teria sido informado da operação em 3 de maio, mas também não mencionou o programa em duas cartas subsequentes ao Congresso. O IRS fez a divulgação oficial, acompanhada de um pedido de desculpas, em um evento com juristas no dia 10.