EUA não apoiam estudo da OEA para descriminalizar a maconha

Os EUA afirmam que vão discutir o relatório da OEA sobre descriminalização da maconha no próximo encontro da organização. A posição do país, no entanto, deve continuar a ser de repúdio à descriminalização ou à legalização. O secretário assistente de Estado, William Brownfield, disse rejeitar totalmente esse tipo de proposta, classificando-a de simplista e nociva. A Organização dos Estados Americanos (OEA) publicou, no dia 17, um relatório defendendo a reformulação da política de combate às drogas no continente. O documento analisa as práticas adotadas até hoje, aponta a necessidade de cooperação entre países para promover mudanças e pede mais flexibilidade. O estudo foi encomendado pelo presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, na cúpula das Américas, realizada em Cartagena no ano passado. Entre as medidas recomendadas estão a redução de penas, a reabilitação para usuários, e o aumento da discussão sobre descriminalização ou legalização da maconha. O plano de flexibilização, que não abrange outros tipos de drogas, será debatido na Guatemala em junho. As sugestões são vistas por analistas como uma crítica dos países latino-americanos às políticas praticadas pelos EUA. Além de caras, as iniciativas não evitaram o fluxo de entorpecentes e a violência relacionada ao tráfico, principalmente no México. Santos, cujo país conduz em conjunto com os EUA uma batalha longa e sangrenta contra cartéis, disse que é hora de um novo debate sobre uma política global.

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