Novo premiê pode aproximar Paquistão e EUA

O presidente Barack Obama parabenizou o Paquistão pela transparência nas eleições presidenciais do dia 12. A apuração indicou que a Liga Muçulmana Nawaz derrotou o Partido do Povo Paquistanês, que governou o país nos últimos cinco anos. O novo primeiro-ministro será Nawaz Sharif, que já foi premiê nos períodos de 1990 a 1993, e 1997 e 1999, quando acabou deposto por um golpe militar. A eleição de domingo é a primeira que marca a passagem de um governo eleito democraticamente para outro. A transição é bem-vinda pelos EUA, embora não garanta boas relações com Islamabad. Durante a campanha, Sharif criticou os EUA e acusou o governo anterior de vender a soberania de seu país. A crítica é voltada para o uso de aviões não tripulados pelas forças dos EUA, que causaram a morte de centenas de civis. A retórica se respalda no passado de Sharif, crítico da política externa dos EUA, e no forte anti-americanismo da população. De acordo com o Pew Research Center, somente 11% dos paquistaneses têm uma boa opinião sobre os EUA. Apesar disso, especialistas acreditam que o primeiro-ministro deverá adotar uma política conciliadora. No dia 13, Sharif declarou que pretende cooperar para que os EUA retirem soldados e equipamentos do Afeganistão pela fronteira paquistanesa, o que é vital para o encerramento do conflito. O pragmatismo de Sharif se deve, sobretudo à urgência de seu país em obter o apoio dos EUA para um empréstimo de US$ 9 bilhões do FMI e para combater o extremismo talibã.

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