Obama e Congresso combatem crime sexual nas Forças Armadas

O presidente Barack Obama exigiu, no dia 7, rigor na apuração de casos de violência sexual nas Forças Armadas. Para Obama, os culpados devem ser processados, exonerados e submetidos às leis marciais. A declaração foi feita horas após o Departamento de Defesa divulgar um relatório indicando que o número de assédios e agressões sexuais entre militares cresceu 35% nos últimos dois anos. Aproximadamente 26.000 pessoas teriam sofrido algum tipo de assédio em 2012, sendo 3.374 casos de estupro. Membros do Congresso também demandam mais firmeza nas investigações, criticando a leniência de lideranças militares em relação aos acusados. Nas últimas semanas, várias propostas de lei foram introduzidas com o objetivo de impedir que oficiais superiores possam reverter vereditos desfavoráveis a subordinados acusados. As iniciativas foram tomadas após a polêmica envolvendo o general Craig Franklin, que anulou uma pena aplicada contra o tenente coronel James Wilkerson. Franklin justificou a decisão com base na suposta baixa credibilidade da vítima. Outro caso que mobilizou o Congresso foi o recente escândalo envolvendo Jeffrey Krusinski, chefe do setor de prevenção a violência sexual da Força Aérea. Após três meses no cargo, o militar foi acusado de atacar uma mulher em um estacionamento. Os políticos questionam principalmente a qualificação dos oficiais para decidir sobre questões fora de seu domínio profissional. Líderes dos Comitês de Serviços Armados da Câmara e do Senado pretendem vincular as propostas à Lei de Autorização de Defesa Nacional de 2013, que deve ser debatida em junho.

 

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