Cortes automáticos reduzem presença militar dos EUA na Ásia

A implementação dos cortes automáticos no orçamento federal começa a afetar operações militares dos EUA na Ásia. Em função do sequestro orçamentário, o Pentágono deverá cortar pelo menos US$ 46 bilhões no atual ano fiscal. De acordo com fontes do governo, áreas atingidas incluem as bases dos EUA no Japão, onde o efetivo ultrapassa 80 mil homens, e os exercícios militares conjuntos na região. Esses últimos são parte importante da estratégia de Washington para fortalecer a cooperação militar com aliados asiáticos, como Coreia do Sul e Japão. Entre as consequências mais imediatas dos cortes, analistas ressaltam uma descrença na capacidade dos EUA de defender seus aliados, uma corrida armamentista na região e uma maior cooperação desses países com a China. O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, já anunciou que seu governo fará o que for preciso para fortalecer as defesas do país diante dos efeitos das reduções nas forças dos EUA na Ásia. Para Washington e seus parceiros regionais, o momento é de tensão, em meio às ameaças nucleares por parte da Coreia do Norte e à expansão das capacidades militares da China. Em visita a Tóquio, em 15 de abril, o secretário de Estado John Kerry garantiu que o compromisso militar dos EUA na Ásia está mantido. Embora as restrições orçamentárias possam alterar o alcance de algumas das atividades do Departamento da Defesa na região da Ásia-Pacífico, o Pentágono também declarou que a área continua a ser prioridade. No final de março, demonstrações de poderio militar na península coreana, com o treinamento de dois bombardeiros B-2 com capacidade nuclear, contribuíram para amenizar esses temores.

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