Obama e FBI querem vigiar comunicação on-line em tempo real

A administração Obama apoiará o plano do FBI de reforma nas leis de vigilância da Internet. O plano permitirá o grampo de todos os tipos de comunicação on-line e multas para as empresas que descumprirem essa determinação. O objetivo é ampliar o alcance do Communications Assistance for Law Enforcement Act de 1994, que exige das operadoras de telefonia e provedores de rede a disponibilização de recursos de intercepção em seus sistemas para ajudar o FBI nas investigações. De acordo com o órgão, o aumento do uso de e-mails e das redes sociais tem dificultado o monitoramento de potenciais ameaças de segurança na rede. Embora o Electronic Communications Privacy Act de 1986 autorize o governo a obter cópias de e-mails, o FBI ainda tem dificuldades com a vigilância em tempo real. A reforma pretende padronizar as regras de monitoramento do tráfego de Internet, possibilitando a vigilância de serviços de armazenamento na nuvem, como Dropbox, e da troca de mensagens em tempo real, como no Skype, ou em salas de bate papo do Gmail e do Facebook. Segundo o conselheiro geral do FBI, Andrew Weissmann, obter novos poderes de espionagem na web é prioridade para a agência. Além da defesa da privacidade individual, críticos às reformas apontam que a criação de recursos de interceptação em tempo real por provedores de serviços deixarão a Internet menos segura. Hackers poderiam explorar tais mecanismos para roubo de informações. Ao mesmo tempo, exigir a implementação mecanismos de monitoramento, sob pena de multa, aumentará custos operacionais. Isso pode servir como desincentivo à inovação e acarretar transferência de novos projetos para o exterior.

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