A taxa de desemprego nos EUA caiu para 7,5% em abril, segundo dados do relatório mensal do Departamento de Trabalho, divulgado no dia 3. O índice apresenta diminuição de 0,1% em relação a março, atingindo seu menor nível desde dezembro de 2008. O total de empregos gerados em abril foi de 165 mil. A notícia foi bem recebida pela administração Obama e surpreendeu os economistas. Após os fracos números de março, a expectativa era de criação de apenas 148 mil novos postos e estagnação da taxa de desemprego. O relatório também revisou os dados dos dois meses anteriores, com acréscimo do número de empregos para 332 mil em fevereiro e 138 mil em março. Os dados de abril mostram o aumento de contratações no setor privado, enquanto o setor público dispensou funcionários. O ritmo de contratações diminuiu na construção civil, com 6 mil novas vagas, após 10 meses de alta ininterrupta. Por outro lado, o setor de manufatura manteve os índices de crescimento. Os segmentos de prestação de serviços e saúde contrataram, respectivamente, 73 mil e 43 mil. Um dado preocupante do relatório foi a queda das horas de trabalho em abril, o que sugere que contratantes estão apostando em cargos temporários. O relatório também mostra que a criação de empregos em abril ficou abaixo da média de 209 mil do primeiro trimestre de 2013. Economistas têm afirmado que a criação de empregos deverá diminuir no segundo trimestre, como resultado das negociações fiscais do final de 2012. Também apontam que os efeitos dos cortes automáticos, em vigor desde 1o. de março, além do aumento dos impostos do começo do ano, terão impacto maior nos próximos meses.