Etanol brasileiro divide setor de biocombustível nos EUA
A Renewable Fuels Association (RFA) pediu, no dia 7, que a Agência de Proteção Ambiental reduza os níveis de biocombustíveis avançados que devem ser adicionados à gasolina nos EUA. O pedido se refere à proposta, apresentada pela agência em janeiro, para que 2,75 bilhões de galões de biocombustíveis avançados sejam adicionados à gasolina em 2013. O etanol de milho produzido nos EUA não entra nessa categoria porque seu percentual de redução de carbono em relação a combustíveis fósseis é baixo. Já o etanol de cana de açúcar feito no Brasil é considerado avançado por reduzir em 50% as emissões quando comparado à gasolina. A RFA alega que as importações do etanol brasileiro não serão suficientes para atingir a meta de uso em 2013. Para a associação, a capacidade de exportação brasileira é irregular. Além disso, o mandato de etanol no Brasil foi aumentado em 1o. de maio, passando de 20% para 25% o teor obrigatório do biocombustível na gasolina. Segundo a RFA, a nova exigência brasileira deve significar menor potencial de exportação. A posição da associação evidencia uma divergência na indústria, que vinha atuando de maneira unificada. Representantes de empresas que produzem biocombustíveis avançados nos EUA, como o de celulose, criticam a iniciativa da RFA. Para Michael Adamas, da Advanced Biofuels Association, o setor deve ficar unido e incentivar as normas da Agência de Proteção Ambiental. Bob Dinneen, presidente da RFA, retrucou que sua preocupação é exclusivamente com o produto importado.