No México, Obama ressalta narcotráfico e economia

O presidente Barack Obama defendeu, no dia 2, que a relação dos EUA com o México deve se concentrar no desenvolvimento econômico para conter o narcotráfico, e não apenas em questões de segurança. A declaração foi dada junto com o presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, na Cidade do México. Em 2009, em sua primeira visita como presidente ao país vizinho, Obama havia apontado a questão dos cartéis como a mais importante na relação bilateral. Ao tomar posse em dezembro de 2012, Peña Nieto prometeu reduzir a violência agravada pela abordagem militarizada da gestão de Felipe Calderón. O líder mexicano também tem procurado restringir o amplo compartilhamento de informação de inteligência concedido por Calderón a agências dos EUA. Esse tem sido um crescente ponto de atrito entre os dois países. Em Washington, congressistas se preocupam com a falta de clareza do México sobre um plano de segurança. Para a analista da Brookings Institution, Vanda Felbab-Brown, a percepção de insegurança pode reforçar os argumentos dos que são contrários à reforma da imigração nos EUA. O presidente do Comitê de Segurança Doméstica da Câmara, Michael McCaul (R-TX), alerta para o risco de alianças entre cartéis de drogas e grupos terroristas, insistindo no rígido controle da fronteira. Defensores dos direitos humanos temem, por sua vez, que os EUA diminuam a pressão sobre a polícia mexicana na investigação de abusos cometidos. A violência ligada ao crime organizado deixou mais de 70 mil mortos no México nos últimos seis anos. Desde 2008, os EUA destinaram US$ 1,9 bilhão ao México, dentro da Iniciativa Mérida.

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