Coreia do Sul e EUA adiam revisão de acordo nuclear
A Coreia do Sul e os EUA anunciaram, no dia 24, a renovação por dois anos de um acordo que proíbe a produção de combustível nuclear no país asiático. A extensão provisória do tratado, que venceria em março de 2014, foi obtida após o fracasso das negociações para sua revisão, em curso desde outubro de 2010. A Coreia do Sul demanda autorização para iniciar sua produção doméstica de combustível nuclear. Desde a assinatura do acordo em 1972, as usinas nucleares do país são alimentadas por combustível vindo do exterior. O governo sul-coreano alega que a dependência das importações coloca em risco o funcionamento das instalações. As usinas nucleares sul-coreanas fornecem cerca de 40% da eletricidade consumida no país. Seul também busca permissão dos EUA para fazer o reprocessamento do combustível nuclear. A técnica seria necessária para melhorar o armazenamento de resíduos. Segundo cientistas sul-coreanos, os reservatórios do país deverão atingir seu limite de capacidade em 2016. Apesar da pressão, os EUA são contra alterações no acordo. A resistência está ligada a receios de que as mudanças levem a Coréia do Sul a desenvolver armamentos nucleares. Tal cenário poderia desestabilizar os esforços dos EUA para evitar a proliferação nuclear na Ásia e no Oriente Médio, impulsionando uma corrida armamentista. O governo sul-coreano nega ter interesse na tecnologia bélica, mas ameaças recentes da Coreia do Norte têm aumentado as pressões internas pelo desenvolvimento de armas nucleares. Apesar da renovação do tratado, as mudanças continuam sendo negociadas. A próxima reunião está marcada para junho.