Representantes apresentam projeto para alterar lei de etanol
Um grupo bipartidário de representantes apresentou, no dia 10, um projeto de lei para reformar o Padrão de Combustíveis Renováveis (RFS, na sigla em inglês). Essa legislação de 2007 determina a adição de volumes crescentes de combustíveis renováveis nas misturas para transporte vendidas nos EUA. A proposta eliminaria, a partir de 2014, o mandato que exige o uso de 15 bilhões de galões de etanol de milho até 2022. Em agosto, um grupo de governadores já havia solicitado à Agência de Proteção Ambiental a suspensão do programa devido à seca que atingiu o país em meados de 2012. Setores pecuários e alimentícios alegam que o uso do milho pela indústria do biocombustível encarece os alimentos, situação que teria sido agravada pela estiagem. O projeto também limita a 10% o teor de etanol adicionado à gasolina. Hoje, a venda de misturas com concentrações superiores, como o etanol E15, é permitida para o abastecimento de veículos leves fabricados a partir de 2001. As composições são importantes para o cumprimento das metas anuais do RFS. Diferente do que se previa quando a lei foi criada, o consumo de gasolina nos EUA caiu a partir de 2007 em função do crescimento econômico lento e do aumento da eficiência dos automóveis. Entretanto, refinarias de petróleo, fabricantes de motores e postos de gasolina se opõem ao uso do E15, alegando que a substância pode danificar os carros. Para produtores de etanol, o E15 é seguro e o mandato de biocombustível ajuda a reduzir a dependência do país das importações de petróleo.O grupo afirmou que a proposta atende essencialmente aos interesses da indústria petrolífera.