O governo da Rússia divulgou, no dia 13, uma lista com 18 autoridades dos EUA impedidas de entrar no país. A ação é uma resposta à decisão dos EUA, no dia anterior, de aplicar sanções a 18 funcionários do governo russo acusados de violar direitos humanos. A punição pelos EUA atende a uma legislação aprovada em dezembro de 2012. O Russia and Moldova Jackson-Vanik Repeal and Sergei Magnitsky Rule of Law Accountability Act permitiu a concessão do status de nação mais favorecida à Rússia, mas incluiu emendas de proteção aos direitos humanos. O advogado russo Sergei Magnitsky foi morto em uma prisão da Rússia em 2009 após descobrir um esquema de fraude fiscal de US$ 230 milhões por autoridades do país. O ato exige que a Casa Branca publique uma lista com nomes de autoridades russas violadoras de direitos humanos, que ficarão impedidas de obter visto para os EUA e terão seus ativos financeiros no país congelados. Ao todo, 16 das pessoas listadas pela administração Obama possuem envolvimento com o esquema de fraude revelado por Magnitsky. As outras duas são militares chechenos suspeitos de homicídio. A lista feita pela Rússia inclui 4 ex-militares dos EUA, acusados de autorizar torturas em Guantánamo. Os outros 14 são funcionários federais acusados de violar direitos de cidadãos russos no exterior. Essa não é a primeira vez em que o governo russo retalia a aprovação do Ato Magnitsky. No começo do ano, Moscou respondeu à ação proibindo a adoção de crianças russas por cidadão americanos.